Imagem
Apresentamos aqui uma breve exposição de imagens como parte das comemorações dos 71 anos da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, inspirados no ideal de todos aqueles que lutaram pela sua fundação e manutenção e aos que até hoje trabalham pelo seu sucesso.
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Concerto da OSRP realizado no Theatro Pedro II, sob regência do Maestro Cláudio Cruz. Ano: 2008.
Fotógrafa: Gisele Haddad. Arquivo: OSRP.
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Concerto da OSRP realizado no Theatro Pedro II. Ano: 1949. Fotografia: Foto Esporte
Arquivo: Luís Baldo.
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| Concerto da OSRP realizada na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto com a participação do pianista Arthur Moreira Lima sob a regência do maestro José Viegas Neto. Ano: (década de 1970). Fotógrafo: Calzzani. Arquivo: Gilberto Baldo |
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Aprentação do 4º Concerto da OSRP, realizado no Theatro Pedro II, sob a regência do Maestro Ignázio Stábile e participação da Banda da Polícia Militar. Ano: 1939. Fotógrafo: Gullaci. Arquivo: Manoel da Silva.
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OSRP e o Maestro Roberto Minczuk. Arquivo Histórico OSRP.
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| Concerto da OSRP realizado no Ribeirão Shopping sob a regência do Maestro Marcos Pupo Nogueira. Ano: (década de 1980). Arquivo Histórico OSRP |
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| Concerto da OSRP realizado no Teatro Municipal de Ribeirão Preto sob a regência do Maestro Marcos Pupo Nogueira. Ano: 1990. Arquivo Histórico OSRP. |
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| Apresentação do 2º Concerto da OSRP, realizado no Theatro Pedro II, sob a regência dos Maestros Carlos Volani Nardelli e Cônego Dr. De Assis Barros. Ano: 1938.Fotógrafo: Gullaci. Arquivo: Luís Baldo. |
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Concerto da OSRP e Coral, realizado no Theatro Pedro II sob a regência do Maestro Spartaco Rossi. Ano: 1962. Arquivo: Luís Baldo.
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| A Maestrina Gianella de Marco, italiana de apenas 5 anos e o Maestro Ignazio Stábile em Concerto da OSRP realizado no Theatro Pedro II. Ano: 1950. Fotografia: Foto Esporte. Arquivo Histórico OSRP. |
Imagem e Palavra
“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
José Saramago
Ao fixarmos nossos olhos para uma imagem, agimos de forma mecânica. Um bebê adquire através de imagens, juntamente com os outros sentidos, os primeiros registros do mundo e o vai construindo, nesta primeira etapa, se vendo refletido nos olhos da própria mãe. Assim, verificamos que a imagem nos acompanha por toda a vida, mecanicamente ou de forma ativa, na procura das indagações humanas. Na imagem, vemos pedaços de informações misturados com signos de diversas formas e é nesse sentido que o processo de aquisição dos códigos visuais é imprescindível ao olhar que procura, pois a recepção dela é mais direta e exige menos esforço de penetração, criando o simulacro de que é necessário apenas ver.
No que se referem à palavra, as interpretações estão no âmbito de quem assimila mentalmente um texto verbal ou não verbal. Está a palavra inserida na imagem, uma vez que seu leitor preenche as lacunas deixadas pelo escritor ou interlocutor, numa leitura semiótica, influenciada também pelas emoções e sem a consciência das diferenças entre ver e ler. Além disso, as palavras são consideradas como tudo o que tem significância, ou seja, um determinado valor descritivo, tendo influência nos modos de pensar e agir. Há um provérbio árabe que diz que quem não compreende um olhar também não compreenderá uma longa explicação, e é este conjunto de condições culturais, psicológicas e morais que envolvem as pessoas, que a mídia se utiliza como instrumento ou objeto de exploração para adquirir a atenção e influenciar o receptor.
Por meio da necessidade da transmissão de mensagens, o homem evolui suas formas de falar, escrever, ler e ouvir, desenvolvendo a comunicação e os meios em que ela se estabeleceu durante a evolução da história. Utilizando do poder em torno da imagem e da palavra, as relações mensagem-receptor são feitas objetivando o entendimento. No mundo pós-moderno, vivenciamos o resultado desta evolução e, além disto, participamos da modificação dos meios de comunicação com inclusão de novas tecnologias em uma velocidade tão intensa que se torna difícil acompanhá-las. Por isto mesmo, as atividades dos meios de comunicação de massa na sociedade são diversas. A televisão, o rádio, revistas e internet interferem na sociedade com diferentes funções e intenções, informando, educando e divertindo. Como conseqüência a indústria cultural se forma e os meios de comunicação são habilidosos para atingir através de uma mensagem um grande número de pessoas, podendo muitas vezes alienar e manipular toda uma população.
A retórica clássica utiliza os recursos da linguagem da televisão, cinema, fotografia, entre outros meios de comunicação, que através da imagem e palavra pode vir a formar um novo discurso. A literatura também inclui a velocidade dos meios através de cenas rápidas ou frações delas e isto é evidente na percepção de obras literárias na transmissão de sensações e figuras imagéticas através das palavras.
Diante disto, concluímos que palavra e imagem são causa e conseqüência da exposição e interpretação humana. Podem ser traduzidas reciprocamente, substituem-se, colocam-se por caminhos diferentes e concorrentes. Concomitantemente os meios e as mensagens são misturados e distorcidos pela atenção do observador para acompanhar seu jogo de significados, não sendo possível extrair o objetivo da mensagem sem as influências dos fatores sócio-políticos e emocionais do homem.
Gisele Haddad
arquivohistorico@osrp.org.br
Artigo Publicado na Revista Movimento Vivace Ano II nº 17 agosto de 2009
